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Será que o Amor existe?

Será que o Amor existe?

Feliz dia do Amor!!!

Será que o amor existe?

Será que o que estou a sentir é amor?

Porque será que a paixão inicial se evapora?

Porque será que o que antes me agradava no outro, agora me começa a irritar?

Boas questões para nos colocarmos neste dia.

Segundo a psicologia junguiana, uma relação amorosa inicialmente representa uma projeção das minhas características inconscientes noutra pessoa.

Ou seja, numa fase inicial de uma relação, não nos relacionamos com o outro real, o outro é pouco mais do que o depósito de projeções nossas. Estamos apaixonadas e deslumbradas pela parte de nós que está subdesenvolvida e não necessariamente pela outra pessoa.

Mas depois da fase inicial da relação, as projeções começam a cair e começamos a ver o outro real. Costuma dizer-se que terminou a fase lua-de-mel.

O outro deixa de se comportar de acordo com as nossas necessidades projetadas. Surge a desilusão e começa o conflito.

“Tu já não estás a encaixar nas minhas necessidades de complementaridade! Tu antes eras diferente! Aquela coisa que eu gostava em ti, agora começa a irrita-me”, pensamos ou dizemos.

Nessa altura a projeção continua, mas deixa de ser em forma de deslumbramento ou apaixonamento e passa a ser em forma de repulsa ou irritação.

O caminho de individuação através dos relacionamentos implica perceber o que necessita de ser nutrido e desenvolvido em mim, por forma a não precisar de projetar no outro essas necessidades que são minhas e assim ganhar espaço para conhecer o outro real.

E é aí que o Amor tem a oportunidade de surgir, pela primeira vez na relação.

No momento em que vejo o outro real e, mesmo assim, continuo a acreditar que quero estar ali, com aquela pessoa.

Uma relação madura é baseada no esforço consciente de recuperar as projeções e, por isso, pode ser fonte de individuação e de crescimento espiritual.

Quanto mais uma pessoa faz o trabalho de integrar em si os seus atributos menos desenvolvidos, menos compulsiva será a necessidade de procurar a complementaridade no parceiro.

Isto significa que vamos sendo cada vez mais capazes de nos relacionar com o parceiro como um ser independente, em vez de o ver como portador das nossas potencialidades.

Portanto, a resposta é sim, o amor existe. Mas surge apenas mais tarde, quando a projeção cai e nos damos a oportunidade de conhecer o outro real e de o amar realmente como é.

Espero que este artigo ajude a refletires sobre algumas dessas questões e, quem sabe, possa ser um bom tema de conversa para o jantar de dia dos namorados com a tua cara-metade.

Por isso, partilha com ele/a este artigo e depois conta-me as conclusões a que chegaram.

Se tiveres alguma questão sobre este tema, envia mensagem privada que tentarei ajudar no que puder.

Com muito amor,

Jo 💙

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