fbpx

Amor VS Ódio

Amor VS Ódio

Jung ensinou-me que o oposto de Amor não é Ódio.
Ao contrário do que se passa pensar.
O oposto de Amor é Poder.

O que muitos de nós queremos é ser amados profundamente e, mesmo assim, muitas vezes não conseguimos largar mão da necessidade de todo um conjunto de paredes à nossa volta para nos protegermos e sobrevivermos.

Sentimos como se, sem essas barreiras, podemos morrer.
E em parte estamos certos.
Pelo menos, no que diz respeito ao que precisámos de construir durante a nossa formação como seres humanos.
Essas barreiras salvaram-nos a vida tantas vezes que já não sabemos funcionar sem elas.

Lembro-me de, em vários momentos da minha vida, sentir como se me estivesse a agarrar a algo com unhas e dentes.
Conseguia quase visualizar a minha mão a tremer, agarrada àquilo que mais parecia ser uma barra de ferro gelada. As unhas a espetarem-se na palma. Os nós dos dedos vermelhos. E dor, muita dor.

E, ao mesmo tempo, algures cá dentro, sabia que a resposta para a minha dor estava mesmo ali, naquele abrir de mão.
“É só largares”, uma voz dizia dentro de mim enquanto docemente tocava no punho cerrado.
“Desiste, larga, aceita, confia”, dizia.
“Desistir? Como assim? Isso é palavra non grata. Expressão que não existe no meu dicionário.”

Mas esta é a dança.
Saber quando agarrar e saber quando largar.
Porque desistir do poder que nos aprisiona pode ser, muitas vezes, sinónimo de liberdade.

Liberdade para ficar maior.
Liberdade para viver profundamente.
Liberdade para amar.
E, acima de tudo, liberdade para nos deixarmos ser amad@s.

Que esta dança cósmica nunca termine e que saibamos sempre quando é o momento de liderar, com poder, e o momento de nos deixarmos levar, com amor.

Jo 💙

No Comments

Sorry, the comment form is closed at this time.