Fé implica Dúvida

Fé implica Dúvida

Fé implica dúvida

Este é um paradoxo que me tem assolado nos últimos tempos.

Tal como a verdadeira coragem implica a presença do medo, caso contrário não seria verdadeira coragem, também a fé implica dúvida, caso contrário não seria verdadeira fé.

Fé implica estar de olhos vendados, sabendo que existe a possibilidade de cair, e mesmo assim escolher lançar-se no vazio.

O acreditar só vem depois do salto de fé, assim como a confiança só vem depois da coragem.

Então para ter confiança é preciso primeiro ter coragem. E a coragem implica necessariamente a presença do medo. Mas a maior parte de nós, na maior parte do tempo, fica à espera que a confiança surja e que o medo se evapore para depois então ter a coragem de enfrentar um determinado receio. Mas não é assim que funciona. A confiança vem precisamente do facto de que enfrentámos o nosso medo, com coragem, e depois, aí sim, somos recompensados com a sensação de segurança.

Da mesma forma, para acreditar é preciso primeiro ter fé. E a fé implica necessariamente a presença da dúvida. Mas a maior parte de nós, na maior parte do tempo, fica à espera de acreditar, de ter a certeza, de comprovar primeiro com os próprios olhos, para depois então dizer que tem fé. Mas não é assim que funciona. A fé vem precisamente do facto de que aceitámos a possibilidade de fiasco, concedendo entregar os nossos corações ao inimaginável, e depois, aí sim, somos recompensados com as experiências concretas que nos fazem acreditar veemente.

Por isso, para sermos premiados com certezas absolutas, com convicções inabaláveis, temos primeiro de escolher ter fé, mesmo no escuro, mesmo sem evidências.

E escolher ter fé significa atuar essa fé. Significa agir de acordo com a verdade, com os princípios mais sagrados, com aquilo que está certo, mesmo que seja o mais difícil.

Não é tarefa fácil.
Mas tenho fé de que valerá a pena.

Com amor,
Jo 🩵

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