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O Carnaval e o Arquétipo do Bobo

O Carnaval e o Arquétipo do Bobo

No Carnaval ninguém leva a mal.

Ora aí está uma frase que faz falta todos os dias do ano e para a qual a energia do arquétipo do Bobo nos pode dar uma ajudinha.

O Arquétipo do Bobo ou do Trickster é irreverente, anarquista, amoral e rebenta com os limites e categorias.

Se pensarmos historicamente, o Bobo tinha licença para dizer coisas que outras pessoas seriam enforcadas por dizer. Tinha permissão para furar o ego do Rei quando este estava em perigo de se tornar arrogante. Nesse sentido, o Arquétipo do Bobo oferece equilíbrio ao nosso reino interior.

O Bobo é a parte de nós que quebra as regras e, dessa forma, permite que surjam novos insights. Por isso, é o arquétipo que é ativado em fases de grandes crises económicas, por exemplo, nas quais as pessoas encontram novas soluções para problemas antigos.

O nosso Bobo interno tem uma dimensão de criança. É aquela parte de nós que sabe brincar, que tem vitalidade, espontaneidade, criatividade, que quer experimentar tudo, mesmo quando é proibido. Mas, não é uma criança inocente, porque não se deixa enganar facilmente.

A energia do Bobo quer ser livre de responsabilidades, de deveres, de prazos, de relações e de posses. E por isso, quando a energia do bobo está presente em nós liberta-nos da responsabilidade de ter objetivos, da necessidade de estar constantemente a fazer a diferença no mundo e permite-nos apenas viver a vida.

O bobo está perfeitamente à vontade em parecer ridículo. Nesse sentido, quando temos pouca energia deste arquétipo, podemos tornar-nos rígidas, tensas, aborrecidas, deprimidas.

O bobo representa o humor como parte fundamental do processo de iluminação. É uma energia mais evidente na personalidade dos nossos comediantes preferidos, mas na verdade faz falta a todas nós, porque nos ensina que se não desobedecermos, se não ousarmos, se não transgredirmos, não poderemos começar as nossas jornadas.

Mas ao mesmo tempo o Bobo representa a energia do Tolo Sábio. Aquela parte de nós que já percebeu a piada cósmica. Que já percebeu que, aquilo que procurámos a vida toda, afinal estava mesmo aqui. A lição mais importante que tem para nós é: Não te leves muito sério, porque a vida é só um jogo.

O arquétipo do Bobo é um dos arquétipos ao qual mais vezes preciso de recorrer para manter a minha sanidade e equilíbrio.

Ele ajuda-me a relativizar a seriedade com que encaro a minha vida e os meus compromissos. Ajuda-me a relembrar de partes importantes da minha personalidade como a leveza, o sentido de humor e o despretensiosismo.

Quando foi a última vez que te perdeste de riso até não aguentar mais?

Quando foi a última vez que fizeste algo, só por ti, sem pensar em mais ninguém?

Quando foi a última vez que decidiste levar a vida de forma leve e despreocupada?

Costuma dizer-se que: “A vida são dois dias, e o Carnaval são três”. A vida vale certamente mais quando nos lembramos de brincar mais, usufruir mais, viver mais.

Por favor, partilha este artigo com aquela pessoa que sentes que está mesmo a precisar de encarar as coisas com mais leveza e humor, de não se levar, a si e à vida, tão a sério e de se relembrar que a vida é demasiado curta para que não desfrutemos realmente dela.

Com amor, e humor,

Jo 💙

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