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Fazemos de nós, menos do que somos

Fazemos de nós, menos do que somos

Tantas vezes fazemos de nós, menos do que realmente somos.

Lembro-me há uns anos ter ido fazer uma consulta com um terapeuta muito bom e que é uma referência em portugal. Nessa consulta disse-lhe que estava zangada comigo por não ter tido, naquela altura, os resultados que ambicionava.

Ele, muito atento, perguntou-me sobre os resultados que eu tinha tido. Quando lhe contei sobre a minha realidade, ele ficou calado a olhar para mim com cara de ponto de interrugação. Passado uns segundos de silêncio ele repete os resultados que eu lhe tinha apresentado e depois diz: “Conseguiste isto tudo e estás desiludida contigo? Tu tens alguma ideia de quão difícil é conseguir aquilo que tu conseguiste?”

Foi só quando vi a cara de surpreendido dele que percebi que o que eu tinha conseguido era de facto fenomenal. Não era fenomenal para aquilo que eu ambicionava, mas era fenomenal tendo em conta tudo o resto. Era fenomenal no mercado onde trabalho. Era fenomenal comparando com os resultados que habitualmente os meus colegas tinham na mesma área, incluindo este terapeuta com quem estava a falar. Era fenomenal mesmo comparando com o que habitualmente as pessoas que trabalham noutras áreas conseguem fazer.

Para este terapeuta isso era óbvio. Para mim foi uma surpresa. Só quando o ouvi da boca dele é que percebi e relaxei.

Ontem numa formação que estou a frequentar aconteceu-me, novamente, mais ou menos a mesma coisa. E lembrei-me desta história mais antiga para concluir que vezes demais me percepciono muito abaixo do que realmente sou.

E não me interpretes mal. Eu até sou das pessoas mais confiantes que conheço. E mesmo assim … tantas vezes lá caio na armadilha de valorizar menos as minhas vitórias e valorizar mais aquilo que me falta. Aliás, acho que valorizar nem é a palavra certa, visto que muitas vezes nem sequer reparo nas minhas vitórias. Simplesmente passam-me ao lado. De tão focada naquele bocadinho que ainda me falta percorrer, esqueço-me do caminho ardiloso que já vivi.

Por isso, hoje escrevo-te para te pedir que hoje, só por um momento, olhes para trás e vejas tudo o que já fizeste, viveste, ultrapassaste e conquistaste. Por um pequeno instante simplesmente repara nisso. Depois podes escolher valorizá-lo ou não. Mas para já, pelo menos, constata as tuas vitórias como factos. Elas estão aí. E estás de parabéns.

Desejo-te um lindo final de semana!

Jo ?

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