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Equilíbrio ou “Walking dead”

Equilíbrio ou “Walking dead”

Durante toda a minha vida só conheci duas velocidades:
Rotações máximas de língua de fora, ou modo vegetal tipo walking dead.

Quando estava a toda a velocidade sentia-me entusiasmada, mas exausta o tempo todo. Quando estava a vegetar estava relaxada, mas meio deprimida.

Em psicologia analítica, Jung introduziu-nos ao conceito de Enantiodromia. Significa que quanto mais desequilibrado e unilateral ficas relativamente a qualquer princípio, atitude ou filosofia, maior a probabilidade da situação se inverter e caíres no extremo oposto.

Neste caso, quando dou por mim a viver sem intervalos, já sei que, mais cedo ou mais tarde, vou ser possuída pela minha zombie interna e simplesmente inverter o registo em que estava.

Como se, inevitavelmente, a nossa psique procurasse a homeostase, o equilíbrio, num princípio de compensação.

Por isso é que quando fazemos uma dieta muito restritiva, depois estragamos tudo numa noite de fúria. Por isso é que quando reprimimos demasiado certas emoções, somos depois possuídos por elas nos momentos mais inconvenientes. Por isso é que quando queremos ser o melhor possível para toda a gente, sempre, há um dia em que nos passamos com a pessoa errada, no momento errado.

Por isso, ando aqui a tentar descobrir o meu equilíbrio vital. Aquela fórmula mágica em que não deixo tudo no campo de batalha, mas também não decido desaparecer do mapa no minuto seguinte. A tentação é muita para cair para qualquer um dos lados. Integrar ambos, exige alguma tensão. Algum compromisso. Alguma atenção. Mas confesso que estou a aprender muito sobre mim nesta tentativa de não ceder aos meus extremos.

Será que sou a única nesta jornada por mais equilíbrio? Em que aspeto da tua vida te sentes a saltar de um extremo para o outro? Conta-me tudo ?

Bom dia! Boa semana!
Jo ?

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