20 Mai Autosabotagem – Uma grande amiga
Querida amiga, Autosabotagem:
Há muito tempo que não te via, há mais de um ano para ser precisa.
Devo confessar que pensava que te tinhas ido embora definitivamente e que nunca mais teria o “prazer” da tua companhia. No último ano, aprendi a viver sem ti. Não foi fácil, é verdade. Aconteceram muitas coisas na minha vida pessoal e profissional, mais do que seria possível partilhar contigo nesta carta. Foram meses desafiantes, não vou mentir. Dei muito de mim e abdiquei de muitas coisas para colocar em prática todos os meus planos. Mas, hoje posso dizer-te que estou super Feliz.
Nas últimas semanas, tornei a ver-te e senti que te querias voltar a aproximar.
Apesar da tua ausência, nunca me esqueci de ti … estiveste sempre presente nos meus pensamentos e, muitas vezes, fizeste-te acompanhar do teu primo direito o “Medo”. Penso que se falasses com ele (“Medo”), ele te diria que tenho andado distante e em certa medida a ignorá-lo de forma evidente. Na verdade, sei que ele está ao meu lado, mas tenho escolhido não lhe dar a importância de outros tempos.
Sabes … tu e o “Medo” foram os meus maiores amigos durante grande parte da minha vida e acompanharam-me tanto nos momentos difíceis como nos momentos surpreendentes e de alegria. Nunca me vou esquecer do que fizeram, do que me ensinaram e da forma como me ajudaram a crescer e a conhecer-me a mim mesma. Mas, escrevo-te esta carta com um objetivo. Sabes como eu sou … gosto sempre de ter um objetivo, mesmo que, no nosso tempo, por vezes fingisse que não me importava com eles.
Com esta carta pretendo despedir-me de ti. Não gosto de despedidas, nem de coisas definitivas, mas neste momento acredito que é o melhor para mim. Vou ter saudades dos tempos em que me ajudaste a ficar calma e a evitar desafios, mas hoje acredito que estou preparada para avançar sozinha. Estou muito grata por tudo o que vivi contigo e graças a ti dou muito mais valor à “Determinação”, agora mais presente na minha vida. Deves saber quem é porque ambas servem a mesma pessoa.
O meu sonho é que um dia, mesmo que me volte a tentar aproximar de ti, tu me digas que já não é possível termos uma relação de amizade. Desejo-te o que de melhor se pode desejar a uma velha amiga e sei que me desejas o mesmo a mim. Prometo não desiludir.
Um beijinho,
Joana
Paula Lopes
Posted at 14:17h, 23 MarçoFantastica esta Carta! Obrigada Joana,acho que a vou reler muitas vezes…
Filipa
Posted at 20:29h, 30 DezembroAdorei a forma como descreve o medo, obrigada Querida Joana, beijinhos
David
Posted at 02:22h, 26 DezembroSabe, Joana?!, venho projetando isso faz tempo. Às vezes sinto que estou muito próximo de realizar este grande evento em minha vida. Outras vezes, sinto-me incapacitado de fazer isso. De qualquer maneira, sei que estou muito próximo de fazer essa despedida. De uma coisa eu sei: o tempo urge pra mim. Post deveras inspirador.
Suzel
Posted at 14:04h, 11 JunhoMuito bom!!! É exactamente isso que preciso fazer. Com a sua licença, vou copiar a carta para enviar para a minha amiguinha pedindo para ela seguir o seu rumo e deixar-me seguir o meu.
Maria José Tenreiro
Posted at 13:29h, 30 MaioConheço muito bem essa dupla dinâmica mas já consigo pensar que são meus amigos, pois o principal objetivo que têm é o de impulsionar-me para avançar… Tenho aprendido muito com eles…
Elisabeth
Posted at 16:13h, 06 FevereirooH! querida Coash Joana,gostei muito de sua carta. realmente a sabotagem e o medo agem de maneira sutil e com muita força. Quero acabar com eles da minha vida. Quero fincar meus objetivos com clareza e decisão no chão da minha vida. Esta carta está me iluminando minha consciência das coisa que fazem sentido.. Joana, obrigada. Um abraço da Elisabeth
Heinz Robert Hoster
Posted at 14:58h, 06 FevereiroOlá Joana! Muito criativa esta forma de abordagem sobre um tema bem conhecido de todos nos. Parabéns! Saudações, Robert
Ana Paula
Posted at 16:37h, 05 FevereiroMeu sonho é conseguir me despedir da autosabotagem. Tem sido difícil viver com ela.
Maria Tereza
Posted at 00:11h, 03 FevereiroObrigada Joana! Descobri que tenho essa amiga em comum, e que me faria muito bem afastar-me dela. Vou me esforçar pra me tornar independente dela.
Regina
Posted at 19:38h, 31 JaneiroLendo seu texto tao meigo e gentil, não sei como a autosabotagem admitiu cortar relaçoes com voce. Eu gostaria de ter essa inspiraçao , nao só para escrever, mas cortar relaçoes definitivas com essa Senhora. Mas infelizmente ela e o primo ainda estao me acorrentando. Porem eu estou ficando forte e ainda vou vencer esta luta. Muito bom seu texto. Parabens. Beijinhos
Raquel
Posted at 12:02h, 31 JaneiroJoana, obrigada pela carta.
Com a leitura dela pude refletir e perceber que nem sempre aqueles que nos acompanham por vários anos se revelam como nossos verdadeiros amigos. Ademais, puder perceber nas entrelinhas o quão importante é saber dizer não, ainda que seja para um velho amigo. Obrigada por proporcionar esse entendimento.
Vanessa Martis
Posted at 10:28h, 31 JaneiroMuito obrigada. Infelizmente, ambos já fizeram uma longa jornada acompanhando-me. É uma excelente forma de lidar com algo, que facilmente se apodera de nós mas, verdade deve ser dita, se nós o permitir-mos. Boa forma de os encarar.
Obrigada Joana por esta carta e, por todas as outra mensagens que são sempre oportunas e assertivas.
Com os melhores cumprimentos
Vanessa
Maria Rosario Costa
Posted at 12:19h, 13 JaneiroO medo faz-nos ficar parados e ver os outros avançar, começando a fazer-se acompanhar pela autossabotagem. É preciso acreditar e eu acredito. Obrigada Joana por manteres-me sempre em alerta. Beijinhos
Nuno Vibra
Posted at 11:01h, 05 DezembroTão simples e tão Poderoso! Brutal Joana:) Keep spreading Your beautiful LIGHT****
Eunice Pilar
Posted at 19:48h, 28 NovembroA autosabotagem é como se dessemos um tiro no pé. Fica uma sensação de vazio e de fracasso, por não conseguirmos fazer o que deveríamos fazer. Esse modo sereno de tratá-la alivia a alma. Obrigada e parabéns.
Madalena
Posted at 11:46h, 21 NovembroGosto muito, Joana! Acho que o género epistolar ajuda muito a criar uma intimidade que nos desvenda sempre com prudência e pudor. Conheço bem o Medo. Quanto à prima, presumo que tenha já privado com ela. Vou tentar aprender com a Joana. Não sei se vou a tempo, mas quero!
Beijinho
Alberto Melo
Posted at 22:16h, 22 MaioMuito Bom! Grande imaginação grande proposta em termos muito positivos sem magoas nem dramas. Conheço muitas pessoas que deviam ler isto muitas vezes. Parabens