11 Mai O que é o Amor?
Jung tem uma frase que eu adoro:
“Realidade é o que atua na alma humana e não o que alguns acham que lá atue”. (in Tipos Psicológicos P. 54)
Nesta frase Jung refere-se ao facto de que cada um de nós vê a realidade com os seus próprios óculos, influenciados pelo seu tipo psicológico.
O que significa que: uma coisa são os factos, outra coisa é a realidade. Factos são os que existem aqui em frente aos nossos olhos. Realidades essas, são infinitas. Tantas quanto o número de almas humanas.
Assim é com tudo na vida, nomeadamente com o Amor.
O que é Amor afinal?
Alguns dizem que é apenas uma reação química que acontece no nosso cérebro. Outros, mais emocionais, riem cinicamente a esse comentário e pensam “Se achas que é só químicos no cérebro, então não sabes o que é amar”. Outros consideram que Amor tem de começar com o amor próprio, sem ele não há recursos para amar o outro. Outros acham que não há amor como o primeiro. Outros que não há amor como aquele que sentimos pelos nossos filhos. E outros, ainda, acham que não há razão para existir, se não para amar e ser amado.
Não tive maiores crises de fé do que aquelas que tive quando quase deixei de acreditar no amor. Nos momentos em que mais me debati nas minhas relações virei-me para fora para conseguir voltar a vislumbrar um leve indício de que podia continuar a acreditar. Tentava encontrar nos casais que me rodeavam a inspiração para continuar a acreditar que o amor afinal não era uma mentira, um mito, uma história de Hollywood.
À minha volta não encontrei ninguém que refletisse aquilo que, dentro de mim, acreditava que o amor devia e podia ser. No amor não encontrei modelos, nem mestres, nem guias. No amor precisei de reinventar a roda. Precisei de criar a minha própria definição.
Mas depois, veio o mais difícil … acreditar que essa definição era possível. Estava sozinha a desbravar caminho e a acreditar determinadamente que talvez, só talvez, houvesse por aí outros malucos como eu que acreditavam numa definição de amor, parecida com a minha. Só parecida o suficiente para que algures no caminho do meio nos pudéssemos encontrar.
Diz-se muita coisa por aí sobre o Amor. Eu própria falo e falo e falo. Mas há uma definição que é a tua. E pode até ser mutável, adaptável, transformável. Mas a cada momento há uma que é a tua. Não há uma única realidade no Amor. Porque “realidade é o que atua na alma humana e não o que alguns acham que lá atue”.
Só tu podes saber o que lá atua. Na tua alma.
Vamos descobrir?
Boa semana!
Jo
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