Faço o que quero ou faço o que devo?

Mas a situação agrava-se quanto maior é a minha lista de devias. Convenço-me que é a minha obrigação fazer uma data de coisas e depois nem que seja um sacrifício desmesurado, lá estou eu a fazê-las na mesma.

Claro que ao longo do caminho vou ralhando comigo mesma: “Pois, és sempre a mesma coisa! Porque é que disseste que fazias isto? Porque é que te metes neste tipo de situações? Ah, hoje é a última vez. Ai se é!!!” …

Nunca é a última vez LOL

Fico num conflito gigante entre dois valores importantes para mim. Um dos valores está associado ao que eu quero fazer, ao que faz mais sentido para mim naquela situação. Outro valor está associado ao facto de me ter comprometido com algo e achar que “devo” corresponder a isso.

Por isso, fico tão zangada e magoada quando as pessoas falham os seus compromissos comigo e depois simplesmente seguem as suas vidas e dormem descansadas à noite. Estou a projetar nelas algo que eu também gostaria de ser (pelo menos um pouquinho mais) mas não consigo ou tenho muita dificuldade.

Quem olha de fora poderá pensar que esta minha maneira de ser é uma grande qualidade. Afinal de contas a Joana é confiável e corresponde aos compromissos que faz. Mas ninguém sabe como, por vezes, isso pode ser doloroso para mim. E o pior de tudo, vai contra um dos meus valores principais … Coerência.

Isto tudo serve para dizer que por vezes os teus melhores atributos podem na verdade representar as tuas maiores maldições. Não é fácil mudar estas coisas quando na verdade te trazem também tantos benefícios noutros aspetos.

Mais uma vez é tudo uma questão de manter a homeostasia espiritual. Saber quando e como cada coisa tem o seu lugar ou deve ser descartada.

Bolas! Isto de tentar estar vivo em consciência é uma trabalheira desgraçada LOL às vezes, cá em casa, parece que até o cão está em auto-análise ?

Bom, vou tentar resolver o meu conflito.

E tu? Tens uma lista interminável de “devias” como eu?

Bom dia!

Jo ?