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Acreditas no Destino?

Acreditas no Destino?

Destino. Ora aí está um conceito bem antigo.
Mas por ser antigo, não significa que é necessariamente antiquado. Antigo significa apenas que pode ter um substrato arquetípico que poderá importar para a nossa (minha) observação mais minuciosa.

Não sei qual é a tua perspectiva sobre o tema. Se acreditas ou não no conceito de Destino. Confesso que sempre achei o conceito algo infantil e absurdo. A par de outras teorias com as quais nunca me identifiquei, sempre considerei o conceito de Destino ilógico e meio pateta.

Mas claro, tal como a vida me tem mostrado tantas vezes, eu do alto da minha arrogância, faço julgamentos injustos sobre conceitos que são simplesmente maiores do que a minha capacidade de compreensão me permite atingir no momento.

Tenho vindo a refletir novamente e desta vez com uma disponibilidade e humildade maior (espero eu) sobre o tema. Talvez o facto de estar a começar, pela primeira vez na vida, a sentir a passagem do tempo, a sentir o conceito de envelhecimento a manifestar-se no meu corpo e no meu espírito e a observá-lo atentamente nas pessoas que sempre estiveram na minha vida. Não sei porquê, mas tenho refletido mais sobre este conceito de Destino e reflito sobre ele de forma intimamente ligada ao meu desejo profundo de “envelhecer bem”.

Gostava muito de chegar ao final da minha vida da mesma maneira que conseguimos ver esta ou aquela pessoa por quem os anos passaram sem a deixar amarga, triste, conformada e cínica.

Gostava de avançar no tempo levando comigo a leveza que observo nesta ou naquela pessoa. Uma leveza que deixa vislumbrar a inocência positiva que não se perdeu. A fé de acreditar que, apesar de tudo, a vida ainda vale a pena.

A vida valeu a pena.

Era isso que eu gostava. De continuar viva em vida. De manter a crença de que “não é sobre quantas vezes cais, mas sobre quantas vezes te levantas“. De continuar a encontrar provas de que a contemplação do milagre que é estar vivo supera largamente qualquer sofrimento que encontrei pelo caminho.

E refletindo sobre isto e sobre o conceito de Destino, hoje em dia acredito sinceramente que o Destino existe de facto. Há uma história que vou viver, quer queira quer não. E essa história está escrita. Está escrita nas pequenas decisões que tomo diariamente. Está escrita na pessoa que escolho ser, dia após dia. E, finalmente, está escrita na relação que crio, dia-a-dia, comigo mesma.

Claro que isto nos diz apenas que o Destino é qualquer uma das histórias que decides escrever hoje sobre a pessoa que serás no futuro. Mas tendo a esquecer-me disso. Tendo a esquecer-me que é hoje que estou a escrever o futuro. Não é no futuro que o futuro começa. É hoje.

O meu Destino começa hoje e vai acontecer com fatal coerência com cada uma das pequenas decisões que tomo. Uma a uma. Dia a dia. Principalmente as pequenas decisões que tomo sobre a relação que vou ter com a única pessoa que me irá acompanhar até ao fim. Eu.

Por isso, se, como eu, nem sempre és a tua própria melhor amiga, por favor deixa-te disso. Escrevo para ti e escrevo para mim (como sempre). A relação que estás a criar diariamente contigo mesm@ vai refletir-se fatalmente no Destino que estás a criar para ti. E ele vai revelar-se alinhado com isso, quer queiras quer não.

Eu comprometo-me aqui, hoje, contigo que estás a ler isto, que vou dar o melhor de mim, todos os dias, para ser a pessoa que eu preciso de ser para criar o Destino que quero para mim. Para envelhecer MUITA bem 😎 . Para viver uma vida viva. E para no fim de tudo, poder dizer:

A vida valeu a pena.
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Jo 💙

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