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Ter ou Ser? Ambos

Ter ou Ser? Ambos

Durante a primeira parte da minha vida ensinaram-me coletivamente que o que interessava era Ter.

Ter um curso. Ter um emprego. Ter dinheiro. Ter uma família. Ter uma casa. Ter um carro. Ter o último modelo de televisão ou de telemóvel. Ter amigos. Ter oportunidades. Ter férias pagas. Ter um contrato de trabalho. Ter segurança. Ter uma reputação. Ter sucesso. Ter estabilidade. Ter.

Depois, por volta dos 25 anos de idade comecei a estudar desenvolvimento pessoal. Nessa altura ensinaram-me que o que interessava era Ser.

Ser auto-confiante. Ser incondicional. Ser profunda. Ser amor. Ser um exemplo. Ser a minha prioridade. Ser abundante. Ser consciente. Ser liberdade. Ser desapegada. Ser luz. Ser a mudança que quero ver no mundo. Ser lúcida. Ser autêntica. Ser coerente. Ser generosa. Ser.

11 anos depois começo a compreender que o absolutismo de ambas as perspectivas fazem mais mal do que bem às pessoas que se entregam de alma e coração à jornada que cada uma dessas vertentes conduz.

Por um lado, a opção de me focar obstinadamente no Ter, coloca-me na roda do ratinho, na busca incessante por um resultado que finalmente me traga a paz, a tranquilidade ou a felicidade. Por outro lado, o absolutismo do Ser, leva-me a desistir de correr atrás dos meus sonhos, porque sei que enquanto não for feliz por mim, dentro de mim, nenhum desses sonhos me vai fazer feliz.

Ambos os caminhos são absolutistas. Ambos os caminhos são becos sem saída.

20 anos depois de ter iniciado o caminho do Ter e 11 anos depois de ter iniciado o caminho do Ser, acredito com toda a convicção que o caminho certo (pelo menos para mim) é o caminho do meio.

É ter a clara noção de que nada fora de mim me vai trazer a felicidade, mas estar totalmente consciente de que sou muito mais feliz quando estou a construir os meus sonhos.

É saber que Ser uma pessoa feliz é fundamental e, ao mesmo tempo, Ter as coisas, os resultados e as pessoas que ambiciono ter na minha vida, tudo isso traz ainda mais estrelinhas à minha existência.

É saber que “não há caminho para a felicidade, felicidade é o caminho” e que nesse caminho a felicidade está tanto dentro de mim como naquilo que desejo para mim. Ambos.

Como sempre, a integração de paradoxos. Como sempre, a tensão entre opostos. Como sempre, o caminho do meio. Como sempre, a terceira via. Como sempre, Yin. Como sempre, Yang. Como sempre. Nunca.

Boa semana!
Jo 

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