11 Mai Eu é que sei
Passei a noite a sonhar que estava a lutar pela minha liberdade.
Tinha pessoas em quem eu confio na vida real a dizerem-me, no sonho, que eu tinha de fazer alguma coisa na qual eu não acreditava. No sonho quase cedi. Quase agi de acordo com o que me estava a ser imposto.
Mas algures dentro de mim, a dor de violar os meus princípios falou alto demais. Senti essa dor dentro do sonho. Chega sempre como um ardor no meio do peito que sobe como fogo pelo pescoço acima e depois sai pela minha boca como um dragão.
Quando esse ardor explode, é o momento em que digo “Não”. Até àquela pequena palavrinha sair da minha boca, sinto-me a rasgar de conflito entre corresponder ao que é esperado de mim e corresponder aos meus desejos mais profundos, à minha verdade mais entranhada, ao que sei que está certo.
Mas quando ele sai. Ai, quando ele sai…
Quando o “Não” sai já não volta a caber no mesmo sítio. Já não há volta atrás. Já não há conflito. Só há certezas inabaláveis de que a única pessoa, naquele momento, que sabe o que é melhor para mim e que o valoriza realmente, sou eu.
Por muito bem intencionados que se manifestem aqueles que me rodeiam e dizem amar-me, eu é que sei. E o que eu sei é que de nada me serve viver em incoerência. De nada me serve infringir as minhas convicções. De nada me serve prejudicar o que tenho de mais sagrado em prol de um conjunto de regras inventadas por outros e sobre as quais nunca fui dita nem achada. De nada me serve abdicar de mim para que quem me rodeia fique melhor.
Quando chego a esse momento de não retorno, sou inundada por um mar de alívio. Eu já sei a verdade. Já o sinto nas minhas células. As dúvidas dissipam-se e consigo novamente vislumbrar o meu caminho.
O conflito dá lugar à verdade.
O nevoeiro dá lugar à luz.
A noite da lugar ao dia.
Bom dia!
Já sei o que fazer.
Jo
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