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E se a vida que tenho é a vida que mereço?

E se a vida que tenho é a vida que mereço?

Hoje vou escrever o artigo mais impopular de sempre. Não só será o artigo mais impopular de sempre como, provavelmente, será também aquele que mais me vai custar escrever. Isto porque ao escrever estas palavras estou a admitir para mim que elas também me representam e, sendo totalmente sincera, vai ser um osso duro de roer.

Esta é a reflexão que tenho feito nos últimos meses. As pessoas (tal como eu) têm, em grande medida, a vida que merecem ter. As pessoas (eu incluída) estão a viver a vida que reflete, em larga escala, a atitude que têm perante essa mesma vida.

Aqui não estou obviamente a incluir dois tipos de situações:
1) Azares horríveis. Há coisas que ninguém controla e que são simplesmente terríveis. A morte de um filho, uma doença grave, um acidente horrível, nascer num lugar (casa, família ou país) onde sofro maus tratos ou situações semelhantes. Não estou a falar disso. 2) E não estou a falar também de fases de investimento. Fases em que estou a dar tudo de mim, seja num negócio, seja no trabalho, seja no amor e ainda não estou a obter resultados porque simplesmente ainda não cheguei ao ponto em que a curva de progressão se altera e eu começo a colher os frutos desse investimento.

Portanto removendo da equação um azar horrível que tenha acontecido, ou o período de investimento que qualquer projeto de vida implica, a atitude que eu tenho perante a vida vai, sem sombra de dúvida, definir uma grande parte da vida que eu vou ter para viver.

Isto é um osso duro de roer porque isso implica que eu tenho de olhar para a minha vida, ver o que está a correr menos bem e questionar-me: “Que atitude é que eu tenho tido perante este problema?”

Não tenho qualquer dúvida que a única pessoa que me trouxe para onde estou agora fui eu. E as coisas que não gosto, as coisas que me entristecem, as coisas que me envergonham, as coisas que me desiludem, essas fui eu que as co-criei também. Mas tendemos apenas a atribuir a nós, os grandes feitos. As asneiras tendemos a atribuir a todo um conjunto de circunstâncias que nos rodeiam. Se o mundo todo fosse diferente, estas coisas seriam diferentes.

Claro que este parece um artigo negativo, mas pelo contrário. Isto é uma grande boa notícia. Se eu tiver o tempo, a disponibilidade, a maturidade e a humildade de questionar a atitude que tenho tido perante certos desafios, estou na extremidade de começar realmente a transformar esses desafios em tesouros.

É possível que dentro de ti haja agora uma voz a dizer: “Esta passou-se. Então e isto e aquilo e o outro que me aconteceu?” e é possível que, dentro de ti, haja também outra voz a dizer: “Realmente nesta e naquela área eu tenho uma atitude diferente da que tenho aqui ou ali.”

A minha proposta: Dá um bocadinho mais de ouvidos a essa segunda voz durante umas semanas ou uns meses. Dá um bocadinho de energia à hipótese de que, independentemente das condicionantes, há uma parte que tu controlas e que podes, sem sombra de dúvidas, fazer um trabalho muito melhor a geri-la. Eu vou fazer o mesmo. Porque 2020 está aí e, eu garanto-te (me) … há coisas que eu não vou levar comigo para a próxima década. Ah não vou não!

Só uns meses. Dá ouvidos à segunda vozinha. Depois conta-me o que descobriste.

Tem um lindo dia!
Jo 

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