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Responsabilização ou Vitimização

Responsabilização ou Vitimização

Qual é que é a diferença entre responsabilização e culpabilização.

Ontem, numa sessão com uma pessoa que conheci pela primeira vez, tivemos uma conversa super interessante sobre a importância de nos responsabilizarmos pelos nossos resultados. Falámos de quão fundamental é mudar o chip de me queixar de tudo o que se passa na minha vida, para o chip de pensar ativamente em soluções para mudar essas coisas com as quais não estou satisfeita.

Nesse momento, essa pessoa disse-me uma frase extremamente lúcida: “Sabes Joana, estou agora a perceber que até sei que a responsabilidade do que se passa na minha vida é minha, mas quando falo do que se passa com as outras pessoas, falo para sentir que elas percebem o quanto estou a sofrer e como toda a gente está a ser super injusta comigo.”

Fico tão feliz e orgulhosa quando alguém tem a coragem de assumir e verbalizar uma fragilidade sua. Para mim isso é sempre um bom sinal. O sinal do início de uma mudança importante.

Ora, o que partilhei com essa pessoa, e que me inspirou hoje para te escrever sobre isso, foi que auto-responsabilização e auto-culpabilização são coisas diferentes.

Vamos supor que termino mais uma relação com mais um namorado com o qual passei pelos mesmos problemas que tive nas minhas relações anteriores…
Responsabilização seria dizer para mim mesma:
“Bolas! Outra vez? O que é que será que eu estou a fazer para atrair pessoas assim e para criar este tipo de situações nas minhas relações? Não podem estar todos errados! O que é que isto diz sobre mim? O que é que poderei mudar em mim para ter um resultado diferente para a próxima?”

Culpabilização seria dizer para mim mesma:
“Bolas! É sempre a mesma coisa. Eu não merecia isto. Ninguém gosta de mim. Eu não sou boa o suficiente. Não tive uma infância fácil, deve ser por isso. Não tenho o que é preciso. Nunca vou conseguir ter uma relação feliz.”

Percebes a diferença?
Ambas as opções aparentemente mostram a pessoa a colocar-se como o centro do problema. Mas na primeira, a pessoa está ativamente a procurar modificar-se para ter resultados diferentes e na segunda a pessoa está a vitimizar-se.

Na primeira a pessoa está com uma atitude construtiva, na segunda a pessoa está com uma atitude destrutiva.

Na primeira está a aumentar o seu poder pessoal, na segunda está a colocar esse poder fora de si (no próximo namorado, no próximo emprego, no próximo projeto) apenas para repetir o mesmo padrão.

Parece uma diferença subtil, mas vai fazer com que cheguemos a dois lugares completamente diferentes na área de vida que pretendemos ter melhores resultados.

E mais uma curiosidade … tenho quase a certeza de que, se pensarmos bem, nas áreas onde temos bons resultados temos a atitude nº1 e nas áreas onde temos resultados inferiores temos a atitude nº2.

Pelo menos é o que a minha bola de cristal me está aqui a dizer ? Enganei-me?

Tem um dia mágico!
Jo ?

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