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E se já fosses tudo aquilo que queres ser?

E se já fosses tudo aquilo que queres ser?

De frente para o mar, ela interrompe o silêncio e diz:
– E se, tudo o aquilo que tu queres ser já existisse?

– Como assim? – Respondeu ele, como sempre curioso sobre as filosofias dela.

– Imagina que o inconsciente é na verdade uma realidade paralela. Onde tudo o que lá está é o oposto do que se encontra aqui, na consciência.

– Ok…

– E agora imagina que a única coisa que temos de fazer é ir buscar essa realidade ao inconsciente e trazê-la para aqui, para a vida consciente.

– Hum…

– Se pensássemos que na verdade já somos tudo aquilo que queremos ser, mas numa realidade paralela a esta, em vez de pensarmos que temos de nos tornar em pessoas diferentes, talvez encarássemos os nossos processos de maneira diferente.

– Que interessante. Então o que estás a dizer é que, algures no nosso inconsciente já somos aquilo que queremos ser?

– Sim, exatamente. Já resolvemos coisas que precisamos de resolver. Já desenvolvemos lados nossos que gostávamos de desenvolver. Já somos tudo o que queremos vir a ser.

– E assim, em vez de encararmos os processos como formas de desenvolvermos a pessoa que somos, encarávamos como simplesmente incorporar outros personagens que já somos inconscientemente. – Acrescentou ele ficando entusiasmado com a ideia.

– É isso! É que por vezes quando penso em tudo o que vou ter de mudar em mim para chegar a um certo objetivo perco logo a energia. Mas se pensar que algures dentro de mim já sou isso e que só preciso de encontrar-me com essa parte minha, parece que a perspectiva fica mais simples.

– Ou seja, não temos de mudar. Só temos de dar lugar a outras personagens interiores para fazerem o trabalho delas.

– Exato! Se quero ser magro tenho de descobrir o meu magro interior e deixá-lo conduzir as operações. Se quero ser rico, tenho de dar lugar ao meu rico interior. Se quero ser sexy, ao meu sexy interior e por aí fora – disse ela, simplificando.

– Que interessante essa ideia. E como é que se faz isso? Como é que eu encontro esses personagens que já são o que eu quero ser?

Ela ficou em silêncio, olhando para cima e, passado um minuto, responde – Bom … acho que ainda tenho de descobrir dentro de mim a personagem que sabe a resposta a isso. Afinal, parece que não dá para resolvermos os problemas da humanidade todos num dia 🙂

Riram, abraçaram-se e voltaram a olhar para o horizonte.

Jo ?

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