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Diferença entre pedir ajuda e fazer uma partilha

Diferença entre pedir ajuda e fazer uma partilha

“Joana, gostava de ter ouvir falar sobre a diferença entre pedir ajuda e simplesmente fazer uma partilha?” Foi o pedido que uma pessoa muito perspicaz me fez ontem ?

Ontem partilhei mais um dos meus textos com o meu público. Faço-o com o objetivo de inspirar e conectar com as pessoas que se identificam com a minha mensagem. Lanço a mensagem no ar e a quem fizer sentido, a quem a mensagem ajudar,será atingido por ela. Acho isto realmente mágico. Quem se identificar e for tocado de alguma maneira será o meu público para aquela mensagem. É para ele que escrevo. Para ele e para mim.

Especialmente ontem, no meio dos vários comentários e partilhas generosas e sinceras do meu público, choveram interpretações, opiniões, recomendações, dicas e sugestões para resolver o que outras pessoas (que não são o meu público) consideraram ser um problema a ser resolvido. Uma inundação de solucionadores profissionais. E o mais incrível é que em lado nenhum da publicação eu referi que tinha um problema, que queria uma solução para ele, ou que precisava de ajuda para tal.

Querem solucionar um problema que não foi levantado e, o pior de tudo, querem fazê-lo impondo o seu mapa mundo sobre o assunto. Se a pessoa em questão (neste caso eu) não estiver receptiva é porque não quer melhorar, ou não tem nível de consciência ou deixou de querer aprender coisas novas.

É mesmo uma dinâmica de poder interessante, se pensares bem. Tu impões a tua verdade sobre uma pessoa que não te pediu a opinião. Quando a pessoa rejeita a tua opinião é colocada numa caixinha de falta de nível de consciência. Tu ficas sempre numa posição de superioridade relativamente a ela. Interessante isto, não é?

É o mesmo que alguém entrar dentro da tua casa de banho sem bater à porta e quando tu ficas zangado pela invasão de privacidade, a pessoa invasora fica ofendida com a tua reação e tu é que és o mau da fita. Ahahahahaha!!! Isto é demais!!!!

Uma das coisas fantásticas de ficar mais céptico é que começas a pensar por ti de forma muito mais sistemática.

Ter uma crise de fé é levar um enxerto de porrada espiritual. E um dos benefícios efetivos é que começas realmente a questionar as coisas e a separar o que faz sentido para ti de … bom, vamos chamar-lhe, tudo o resto.

Hoje em dia, quando realmente quero ajuda, sou muito seletiva em relação às pessoas que escolho para me ajudarem.

Não é mesmo a opinião de qualquer pessoa que me interessa. Lamento se parece arrogante, mas acredito que é o melhor para mim. Se precisasse de fazer uma cirurgia ao coração, não iria escolher um médico qualquer. Iria pensar bem na credibilidade do cirurgião que me ia operar. Levo o meu desenvolvimento pessoal com o mesmo nível de seriedade.

E mesmo com as pessoas a quem realmente dou credibilidade tenho sempre uma pergunta na ponta da língua, de cada vez que me dão alguma sugestão: “Porquê?”

Quero mesmo saber porque acham que a sugestão que me estão a dar é boa, onde a foram buscar, que outras experiências já tiveram com ela e porque é que acham que vai funcionar comigo. Depois de gostar das respostas a estas perguntas ainda vou pensar por mim. O que é que eu acho dessa sugestão? Quando me parece bem, avanço. Quando não me parece bem posso avançar ou não consoante o nível de confiança que tenho na pessoa em questão e a gravidade do meu problema.

Por isso, qual é a diferença entre uma partilha e um pedido de ajuda:
– Numa partilha a pessoa simplesmente refere os factos ou a sua interpretação dos factos e da realidade.
– Num pedido de ajuda a pessoa usa 5 palavrinhas mágicas: “Preciso de ajuda para isto”.
Quando a pessoa não usa estas palavrinhas e, mesmo assim, ficas desconfiado que ela pode querer ajuda, sugiro que perguntes e depois … aceites a resposta.

Porque, se queres mesmo, mesmo, mesmo ajudar. Se é realmente, única e exclusivamente essa a tua intenção. Se o teu único verdadeiro foco é o bem da outra pessoa e não a tua significância … há momentos em que só tens de ficar calado e ouvir.

Ou ler ?

Bom domingo!
Jo ?

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