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A dor amiga

A dor amiga

A dor, por vezes, pode ser mesmo uma grande aliada.

Duvido que sem ela houvesse mudança, houvesse transformação, houvesse evolução.

Às vezes aqui por casa, obstinados para descobrir o que realmente faz com as pessoas mudem as suas vidas para melhor, oiço uma pergunta: “O que achas que foi o gatilho que fez com que tu mudasses as coisas que mudaste na tua vida?”. De todas as vezes que conversamos sobre isto, depois de pensar um pouco, tenho sempre a mesma resposta:
– “Só mudei porque ficar como estava já era tão doloroso que se tornou insuportável.”

Gostava mesmo de ter uma resposta mais iluminada. Gostava de dizer qualquer coisa como: “mudei porque era o mais certo para mim”. Gostava mesmo de conhecer outro caminho. De certeza absoluta que há outros caminhos. Eu não os conheço a todos, obviamente. Eu não sei tudo. Mas este é o caminho que tem funcionado comigo e que tenho testemunhado a funcionar com as pessoas com quem lido diariamente.

Se te dói o suficiente, vais mudar.

A pergunta que se coloca é: Porque é que temos de chegar a esse ponto?

Porque será que temos de sofrer tanto para começarmos a mudar alguma coisa? Porque será que, em algumas áreas de vida, temos de apanhar um grande susto, ou ter um esgotamento, ou passar por uma catástrofe, para finalmente percebermos que temos de fazer aquilo que sempre quisemos fazer? Porque será que temos de bater no fundo?

Ainda não encontrei essas respostas.

Mas de facto quando bates no fundo consegues apanhar balanço para te levantares mais depressa. Parece magia. Por isso digo que a dor é mesmo uma grande aliada.

Não sei se é bom. Mas sei que, em alguma medida, funciona. Não sei se existem outros caminhos para teres aquilo que queres, para seres quem queres ser. Mas do que tenho observado acontece muito assim. Demasiadas vezes assim.

Se te dói o suficiente, vais mudar.

E a ti? Já te dói o suficiente?

Um beijinho,
Jo ?

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