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Afinal, não sou quem sou.

Afinal, não sou quem sou.

World Trip Day 76 – Está algo mesmo a mudar cá dentro.

Durante a maior parte da minha vida achei que era extrovertida. Achei que o que gostava mesmo era de estar com as pessoas, conversar com elas, receber amor e dar muito amor de volta e que isso tudo é que me nutria, me enchia de energia.

Depois conheci o desenvolvimento pessoal e percebi que afinal não era bem assim. Percebi que precisava de me introverter para recuperar a minha energia vital. E aos poucos fui aprendendo a estar sozinha e a recuperar-me estando só comigo e isso foi uma vitória enorme. Mesmo. Perceber que me basto e que tudo o que preciso tenho ao meu alcance sendo que para isso só preciso de parar e olhar para dentro. Foi uma descoberta transformadora e tornou-me muito menos dependente das pessoas à minha volta para me sentir nutrida. As pessoas que me amam passaram a representar um bónus àquilo que eu consigo oferecer a mim mesma.

E depois havia o meu trabalho, que implica estar em contacto com pessoas constantemente e com mais de 30h de coaching por semana não sobrava muita energia para mais ninguém. Por isso, introvertia-me para me recuperar. Muitas vezes saí mais cedo de uma festa ou nem sequer fui porque simplesmente não tinha mais energia para dar. Precisava de estar comigo e nutrir-me para me reequilibrar emocional e espiritualmente. Claro que tudo isso serviu para reforçar a crença de que “se calhar sou mais introvertida”.

Mas o ano passado tomei a decisão de reduzir muito o número de horas de trabalho. Percebi que já tinha tudo o que queria, que não precisava de mais nada, mas precisava de desfrutar mais da vida. Usufruir mais, sem ter objetivos na cabeça a toda a hora. Desde sempre que a área profissional foi o meu foco principal. Queria sempre chegar mais longe e todos os anos começava uma nova jornada nesse sentido. Mas esta época foi diferente. O objetivo é não ter objetivos e aprender a estar bem assim. Isso trouxe-me mais tempo livre, trouxe-me a oportunidade de estar a viajar o mundo e a ter tempo para a Joana. Para a Joana que não é coach, que não é empresária, que não é mentora, que é só a Jo. E aos poucos estou a extroverter.

Aos poucos estou a precisar de menos tempo para estar sozinha sem me focar nas necessidades de outros seres humanos. Aos poucos estou a sentir-me menos exausta e mais viva. E, surpreendentemente, aos poucos estou novamente com vontade de estar com pessoas, fazer novos amigos, conhecer as suas histórias e permitir-me estar com outros seres humanos sem ter de ser nada de especial. Ser só a Jo, porque a Jo é uma boa amiga. É mesmo! Mas nos últimos anos não esteve muito disponível para os amigos de sempre nem para potenciais novos amigos. No entanto, nas últimas 3 ou 4 semanas tenho sentido o impulso de convidar e fazer-me de convidada para estar com uma ou outra pessoa. E tem sido tão bom!!!!

Muitas destas pessoas já conhecia e admirava de longe há anos, mas nunca tinha tido a energia e a disponibilidade emocional necessária para fazer o investimento que é preciso fazer para criar novas relações. Bom, estou a adorar!

Claro que agora não sei se sou extrovertida ou introvertida, mas também acho que faz parte desta fase de vida. Perceberes que afinal não sabes quem és em muitos aspetos. Por isso, não vou decidir para já quem é que afinal eu sou. Vou aproveitar para fazer uma nova amizade comigo e aos poucos descobrir quem é a verdadeira Jo. Afinal há amizades que são para toda a vida

Tem uma noite bonita!

Jo ♥

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